O Movimento Pró-Criança prepara uma série de ações alusivas à campanha nacional Setembro Amarelo – mês da prevenção ao suicídio – que este ano tem como tema “É preciso agir!”. A programação destinada aos educandos e seus familiares será coordenada pelo setor psicossocial da instituição e envolverá os beneficiários das três unidades operacionais no Recife (Coelhos e Recife Antigo) e em Jaboatão dos Guararapes (Piedade).

Entre as iniciativas está a produção do segundo episódio do “Podcast do Infanto” lançado nesta quinta-feira (3). O programete traz um bate-papo com membros do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Jaboatão sobre como funciona a rede pública de saúde e a importância da campanha Setembro Amarelo. O podcast é disponibilizado no Instagram (@infanto.juvenil) e enviado aos jovens e responsáveis por meio do Whatsapp.

Além do conteúdo em áudio, o Pró-Criança lança nesta sexta-feira (4) uma cartilha digital com orientações e contatos sobre os serviços gratuitos de ajuda no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. O documento pode ser baixado clicando aqui.

Para encerrar as ações da campanha Setembro Amarelo será promovida uma roda de diálogo com os responsáveis das crianças e dos adolescentes assistidos pela instituição. No evento, que será on-line por meio da plataforma Google Meet, pais, mães, tios e avós poderão tirar dúvidas e partilhar experiências.

Combate ao tabu

Criado em 2015, o Setembro Amarelo busca conscientizar a sociedade para a necessidade de acabar com o tabu em torno do suicídio a partir da discussão constante do tema. Números oficiais do Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) revelam que 32 brasileiros cometem suicídio por dia, taxa superior às vítimas da Aids e da maioria dos tipos de câncer.

Segundo as entidades, o suicídio tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas. A esperança é o fato de que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez casos poderiam ser prevenidos.