O Movimento Pró-Criança, instituição sem fins lucrativos vinculada à Arquidiocese de Olinda e Recife, entrou na luta do combate ao novo coronavírus também na confecção de equipamentos de proteção individual (EPIs). A ONG está produzindo escudos faciais e máscaras que serão doados a unidades de saúde e para pessoas consideradas do grupo de risco à Covid-19.
Convidado para integrar a e-NABLE, comunidade global formada por uma rede de voluntários, o Pró-Criança está desenhando, imprimindo e montando protetores faciais em impressora 3D. O equipamento, normalmente utilizado no curso de robótica do Núcleo de Inclusão Digital (NID), agora produzem até 16 escudos de poliácido láctico (PLA) por dia.
“Com o advento das novas tecnologias, podemos unir forças para ajudar no combate à Covid-19. A impressão 3D dá essa possibilidade, pois criamos um produto personalizado e de qualidade que irá garantir a proteção dos profissionais que estão na linha de frente desta pandemia. Isso nos motiva, visto que, essa prestação de serviço à sociedade ajudará a salvar vidas”, afirmou o coordenador do NID, Fernando Marroquim.
Com a implantação do home office e de outras adaptações do trabalho em respeito ao isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a impressora 3D do Pró-Criança foi instalada na casa do educador social, Ewerton Mascena.
A logística para entrega do EPI será gerida pelos órgãos de saúde pública e privada cadastrados, que receberão as doações, avaliarão a necessidade e realizarão a distribuição. Para isso, e-NABLE criou um mapa para identificação dos centros aptos a receber e distribuir os protetores faciais.
Máscaras
Por meio do projeto Familiart, coordenado pelo Setor Pastoral, o Pró-Criança deu início a confecção de 200 máscaras cirúrgicas. O EPI será produzido com TNT e elástico, conforme orientação de profissionais de enfermagem, e distribuído para profissionais do serviço de saúde e para pessoas com hipertensão, câncer, diabetes ou outros problemas de saúde que a deixe mais vulnerável à Covid-19.
De acordo com a coordenadora do setor e idealizadora da ação, Lindinalva Dias, ela está produzindo as máscaras em sua própria casa, outra parte está sendo fabricada por uma voluntária e aluna do Familiart também em casa. “Estamos tomando todos os cuidados com a higiene e o distanciamento social”, disse Lindinalva.